terça-feira, 18 de dezembro de 2007

PERDA


A dor dilacera meu coração, ontem perdi meu cachorro com 3 anos e 5 meses, foi envenenado na porta de casa. O que leva uma pessoa a fazer isso? São mais de 17 cachorros mortos, tamanha crueldade desse ser humano?! Se é que dá para chamá-lo de humano.
Peguei o Murphee com 45 dias, era pretinho, uma cruza de poodle com cocker: lindo, agitado, bravo e teimoso, muito inteligente. Fingia de morto, era só falar que eu já chegaria que ele ia para o portão me esperar. Cada vez que me via era aquela festa.
Companheiro da minha mãe, devido eu estudar em Pelotas era ele que passava mais tempo com ela, parece mentira mas ele entendia tudo que ela falava, ajudava ela a tirar o casaco, ia nos vizinhos avisar se algo estranho estava acontecendo, defendia as crianças menores das maiores, um verdadeiro guardião.
Ele tinha acabado de ser pai, a cadelinha mãe do filhote dele também foi envenenada e ele ia todos os dias visitar o filhote que foi enxertado em outra cadela, para tentar sobreviver.
Depois dizem que animal não tem alma?! O meu tinha e sei disso.
O que fiz a respeito disso tudo foi dar queixa na polícia, devido aos meus direitos e os direitos dos animais e divulgar na rádio local, falando da tamanha estupidez dessa pessoa. Porque existem tantas crianças quanto cachorros e imagina se uma criança pequena pega o maldito veneno?
Já que estamos no final do ano e todos falam em amor, harmonia, paz, união, que deveriam existir todos os dias, mas é agora que salienta-se esses sentimentos, peço a Deus que dê um pouco de consciência e discernimento a essa pessoa, porque ele está espalhando uma onda de sofrimento e dor em várias famílias, numa época que era para ser somente comemorações.
Não criamos um animal por nada, gostamos deles, temos amor por eles, vacinamos, desverminamos, damos banhos carrapaticidas, muito me perguntei para que matar? Então façam um controle de natalidade doa animais para que não sacrifiquem animais com donos e que são muito amados por estes.
Esse vai ser meu Natal de 2007, e esse texto fica em memória do meu saudoso e amado cão " Murphee Lee Porto" , que amei muito, jamais vou esquecê-lo.
Como costumava chamá-lo “cachorrinho pétinho eu, ti bebê di mamãe”.