sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

DOMINGUEIRA

Domingo de manhã, aquele ventinho frio, por incrível que pareça, ouvindo músicas do César Oliveira e do Rogério Mello, músicas nativistas, e sorvendo um amargo, esperando as horas passarem para saborear um churrasco macanudo.
Para estancieira falta pouco, porque vestida para a montaria já estava, bota campeira, um jeans maleavel, camisete pólo, boina, só faltava um belo campo, umas cabeças de gado, umas ovelhas, uns cachorros campeiros e um bom cavalo crioulo, bem pouca coisa né?! Hahahaha!!!!


Me orgulho de ser gaúcha, adoro meu Rio Grande do Sul,temos tudo que necessitamos, gente hospitaleira, lindo inverno, verão agradável, o vento Minuano, a maior praia do mundo com 220 km de muita agua, Praia do Cassino, o melhor vinho e um pôr do sol inacreditável.
É eu sou do Sul!!!


Chimarrão
Autoria: Glaucus Saraiva

Amargo doce que eu sorvo

Num beijo em lábios de prata.


Tens o perfume da mata Molhada pelo sereno.


E a cuia, seio moreno,Que passa de mão em mão.


Traduz, no meu chimarrão, Em sua simplicidade, A velha hospitalidade da gente do meu rincão.

Trazes à minha lembrança, Neste teu sabor selvagem, A mística beberagem, Do feiticeiro charrua, E o perfil da lança nua, Encravada na coxilha,Apontando firme a trilha, Por onde rolou a história, Empoeirada de glórias, De tradição farroupilha.


Em teus últimos arrancos, Ao ronco do teu findar, Ouço um potro a corcovear, Na imensidão deste pampa, E em minha mente se estampa, Reboando nos confins , A voz febril dos clarins, Repinicando: "Avançar"!

E então eu fico a pensar, Apertando o lábio, assim, Que o amargo está no fim, E a seiva forte que eu sinto, É o sangue de trinta e cinco, Que volta verde pra mim.